segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Perto... mas não tão pertinho!

 Faz parte de ser Mãe estar preparada para qualquer resposta ou comentário... Basicamente , num segundo estamos derretidas porque os nossos rebentos nos dizem que nos querem junto a elas por toda a eternidade como no segundo a seguir todos os castelos de nuvens onde estávamos a flutuar caem por terra quando percebemos que é juntinho...mas não tanto!!


Embora a Sara seja muito mais "espalha brasas" do que a Helena , sempre teve também um lado mais maternal . Adora  brincar com bonecos "bebés", ao contrário da Helena, e tem um instinto mais de maternidade mais apurado.

Ontem , numa conversa no carro, enquanto regressávamos da escola:


"Mamã, quando eu tiver bebés tu já vais ter morrido? 

(A sara pergunta muitas vezes essas coisas, com a maior das naturalidades. )


"Não, filha... Claro que não! então, os teus bebés vão ser os meus netinhos, não é?"


"É... e tu vais morar na minha casa com os meus bebés?"

"Filha... se tu quiseres muito, eu vou... Mas não sei se vais querer...!"


"Claro que vou!!"

E depois de uns segundos de pausa e reflexão, a olhar pela janela do carro:


"Se calhar não moras na mesma casa... Moras numa casa pertinho da minha..."


"Ok, filha, boa ideia...bem pertinho!"


"Pertinho... mas que ainda se ande um bocadinho de carro para lá chegar!"


"Ok... 😔 😔 😔... 

(MENOS DOSES DE REALIDADE, POR FAVOR!"




Andreia Ferreira



segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Síndrome de chamamento materno

 Assumo sem vergonhas, sofro de algo que não sei se tem nome ciêntifico atribuído ou se é alvo de um diagnóstico clínico, mas eu própria resolvi apelidar de síndrome de chamamento materno.

Já há muito que me acontece mas nas férias a tendência foi acentuar-se de forma significativa.

Trata-se de algo muito simples de explicar e que aposto que  sorrisos de alívio aparecerão em bocas de mães de filhos pequenos que venham a ler este meu desabafo.

É mais ou menos parecido com o célebre "ouço vozes"... 

Sim, é um mix de loucura materna com um trauma frequente de qualquer mãe de filhos de idade precoce. 

É que não há maneira de ouvir um "Mãaaaaeeee" ou um "Manheeeeeeee" ou um  choro infantil que eu não ache que vem das minhas filhas.

😓😓😓

 A partir do momento em que no raio de 50 mts há uma criança a chamar pela mãe ou a chorar, é certo que é uma das minhas filhas...

Certinho, direitinho... "QUE FOI AGORA , HELENA?", "DIZ, SARA?", "ONDE SE MAGOARAM AGORA?" 


E eis que não era a Sara... 

E eis que não era a Helena...

E eis que uma delas me diz " não somos nós , mãe! que estás para aí  a dizer?"

E é nestes momentos que me apercebo que tenho que relaxar e talvez beber um copo ou dois!! 


"Nada, filhas, desculpem lá, é que a voz daquele menino de ano e meio é mesmo parecida com a vossa" 😖😖😖

(só que NÃO...)



Tenho a certeza que não sou a única... (não tenho ??)😔





Andreia Ferreira





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