sábado, 30 de março de 2019

Cores e tonalidades


No carro com a Sara, depois de a ir buscar à escola:

"Mamã, vamos dixer as cores, ok?
Eu começo... vede!"

"Amarelo"

"Cô de rosa..."

"Azul..."

"Humm... eu é que digo azul... tu dizes outa"

"Tá bem... cinzento"

"Cô de rosa!!"

"Isso não vale filha. Já disseste cor de rosa..."

" Ah sim... mas este é o cô de rosa clarinho."


😂 😂 😂




Andreia Ferreira

domingo, 24 de março de 2019

Nova aventura


Este fim-de-semana esteve um tempo fantástico e aproveitei para tirar as rodinhas à bicicleta da Helena.

Depois de um grande esforço (mais da minha parte que andei a correr a segurar a bicicleta pelo selim), posso concluir que correu bem melhor do que eu pensava inicialmente.
A Helena não mostrou medo e não hesitou em pedalar, confiando plenamente na mamã, que a segurava.
Mas que também a largou algumas vezes e em algumas delas nem correu nada mal!

Espero é que o processo seja rápido, para bem das minhas costas.
E porque estou ansiosa por ter uma companheira nos meus passeios de bicicleta de fim de semana 💝

Para que fosse mais divertido, a Helena partilhou este momento com a sua amiga Leonor, que também se aventurou na sua primeira viagem sem rodinhas 😊




Andreia Ferreira

quinta-feira, 21 de março de 2019

Já não há respeito!



Das coisas mais engraçadas de ser mãe de duas meninas é ouvir as conversas delas quando estão sozinhas.

Há dias, estava no meu quarto e ouço a Helena:

"Sara, quantas vezes já te disse para não fazeres isso?
 100? 1000? 
Sara! Sara!!!"

Entretanto, ouço os passo acelerados da Sara a fugir para a sala.

E a Helena continua:

"SARA! NÃO OUVES NADA DO QUE A TUA IRMÃ MAIS VELHA TE DIZ!?!"

😂 😂 😂







Andreia Ferreira

segunda-feira, 18 de março de 2019

Olho de pirata ou de princesa?



Hoje a Helena andou de ambulância pela primeira vez.
Nada de grave e espero sinceramente que não volte a andar.

Na escola, ao brincar com as amigas, levou acidentalmente com uma mão ou um pé de uma boneca na vista.
Chorou bastante e queixava-se de dores, o que levou as auxiliares a entrar em contacto comigo. 
Uma vez que não aparentava ser nada de grave, ficou sob vigilância, com a condição de que se continuassem as queixas fosse observada no hospital. 
Tenho que agradecer o zelo da professora e funcionárias da escola que me contactaram várias vezes ao longo do dia a dizer como a Helena estava.
Depois do almoço e embora sem grandes queixas, voltaram a telefonar-me e sugeriram ir com ela ao hospital para ser observada. 
Concordei de imediato e lá foi a Helena com uma funcionária da escola ao hospital, tendo sido transportada de ambulância. 
Penso que é procedimento comum quando   accionado o seguro escolar.

Pois é... O doutor Filipe , oftalmologista que a observou, colocou-lhe um penso no olho e aplicou-lhe uma pomada. Quer vê-la novamente na 5ª feira, por precaução. 
Tem realmente uma pequena lesão no olho, mas nada de grave.

E embora não tenha dores, o maldito penso faz muita comichão e a Helena vinha queixosa com esse facto. 
Estava a custar-me bastante ver a pipoca com aquele incómodo sem nada poder fazer. 
Lembrei-me então de lhe sugerir uma pintura! 

E foi assim que a Helena recuperou o seu olho.
Com um formato escolhido por ela e  da cor que ela mais gosta: cor de rosa 😍
Nós, mães, somos assim. Criamos fantasias nas coisas mais sérias, só para recuperar os sorrisos mais importantes de todos...





Andreia Ferreira

domingo, 17 de março de 2019

A Helena é uma buxa




Há pouco, enquanto estava na cozinha, ouço da sala:


"Helena, tu não és amiga. Estás a ser má. Tu és má, Helena".


Entrei na sala e a Helena e a Sara estavam ambas deitadas no chão e percebi que a Sara dizia aquilo sem nenhuma razão especial.

"Sara, a mana não é má, não digas isso da tua irmã, ela é tua amiga."

E vem a resposta, pensada enquanto olha e fala calmamente para mim:



"Não, a Helena é má. 
É uma buxa e vai-me pôr num caldeirão e cozinhar-me. 
E eu vou ser um legume..."

😂 😂 😂


Amanhã tenho que lhe perguntar em qual legume a Helena a iria transformar. Não o fiz e agora fiquei curiosa!!



Andreia Ferreira

quinta-feira, 7 de março de 2019

Helena, Malala e o Dia Internacional da Mulher



Amanhã é o Dia Internacional da Mulher.
Feminismos à parte, porque também não gosto deles, é um orgulho saber que tanto foi feito nas últimas décadas para que nos tenhamos aproximado do género masculino na totalidade dos direitos. Fala, claro, em sociedades como a nossa. Muitas outras estão a anos luz se aproximarem de tal conceito. 
E mesmo na sociedade ocidental , dita mais civilizada, embora os direitos se encontrem escarrapachados em códigos, direitos e afins, há um mundo encoberto (ou até descoberto) de injustiças gigantes que nos lembram que talvez nem todas nós sejamos assim tão iguais aos olhos da sociedade.

Vale a pena analisar...

 Dados do Mundo:

"Mais de 2,7 mil milhões de mulheres estão legalmente impedidas de escolher o mesmo emprego que os homens. Das 189 economias avaliadas em 2018 pelo Banco Mundial, em 104 economias ainda existem leis que impedem as mulheres de trabalhar em determinados empregos, em 59 economias não existem leis sobre o assédio sexual no local de trabalho e, em 18 economias, os maridos podem impedir legalmente que as suas mulheres trabalhem.
    • A diferença salarial entre homens e mulheres é estimada em 23%. Isso significa que as mulheres ganham 77% do que os homens ganham.
    • Segundo a OIT (2016), estima-se que globalmente quase 40% das mulheres com empregos assalariados não têm acesso à proteção social.
    • Estima-se que 35% das mulheres em todo o mundo tenham experimentado violência física ou sexual por parceiro íntimo ou violência sexual por um não parceiro (sem incluir o assédio sexual) nalgum momento de suas vidas.
    • Estima-se que das 87.000 mulheres que foram intencionalmente mortas em 2017 globalmente, mais da metade (50.000-58%) foram mortas por parceiros íntimos ou membros da família, o que significa que 137 mulheres em todo o mundo são mortas por um membro da própria família todos os dias. Mais de um terço (30.000) das mulheres intencionalmente mortas em 2017 foram mortas pelo seu atual ou anterior parceiro íntimo.
    • As mulheres adultas representam 51% de todas as vítimas de tráfico de seres humanos detetadas globalmente. Mulheres e meninas representam 71%, sendo as meninas quase três em cada quatro vítimas de tráfico de crianças. Quase três em cada quatro mulheres e meninas são traficadas para fins de exploração sexual.
    • Segundo a UNICEF (2017), aproximadamente 15 milhões de meninas adolescentes (com idade entre os 15 e os 19 anos) em todo o mundo experimentaram sexo forçado (relações sexuais forçadas ou outros atos sexuais) em algum momento de sua vida. Destes, 9 milhões de adolescentes foram vitimadas no ano passado. Na grande maioria dos países, as raparigas adolescentes correm maior risco de sexo forçado por um marido, parceiro ou namorado atual/antigo. Com base nos dados de 30 países, apenas 1% procurou ajuda profissional.
    • 82% das mulheres parlamentares que participaram num estudo realizado em 2016 pela União Interparlamentar em 39 países de cinco regiões relataram ter sofrido alguma forma de violência psicológica (comentários, gestos e imagens de natureza sexual machista ou humilhante) ou ameaças enquanto cumprem os seus mandatos.
  • Em Portugal:
    • A pobreza mantém um rosto feminino: em 2017, a taxa de risco de pobreza antes das transferências sociais para as mulheres era de 45,5% e para os homens de 41,6%. A taxa de risco de pobreza decresce significativamente após as transferências sociais, sendo para as mulheres de 17,9% e para os homens de 16,6%. A privação material é igualmente maior nas mulheres do que nos homens (2018, M: 17,2% e H: 15,9%).
    • Em 2018 foram assassinadas 28 mulheres em contexto de relações de intimidade. Em 2019 já foram assassinadas 10 mulheres e uma menina.
    • Em 2017, 91% das vítimas de violação foram mulheres e a quase totalidade dos violadores eram homens (99,2%). Os violadores são frequentemente homens familiares ou conhecidos das mulheres (em 55% dos casos).
    • Em 2017, 25.498 mulheres foram vítimas de violência doméstica face a 6.793 homensOs agressores são na grande maioria homens: 26.385 homens e 5.113 mulheres.
    • Em 2017, foram arquivados 20.470 processos de violência doméstica e acusados 4.465; ou seja apenas 15% do total de processos de violência doméstica em 2017 acabaram em acusação.
    • Em 2017 foram concluídos 146 processos por violação, 39 por tráfico de pessoas e lenocínio, 371 por abuso sexual de criança e 63 por pornografia de menores, em tribunais de 1ª instância.
    • Em 2017, 80,5% das crianças violentadas sexualmente eram do sexo feminino. 68,5% das vítimas tinha entre 8 e 13 anos. A quase totalidade dos agressores eram homens (96%), na maioria familiares (44,5%) ou conhecidos das crianças (23,2%).
    • Há mais mulheres desempregadas do que homens: a taxa de desemprego em janeiro de 2019 é, para as mulheres, de 7,9% e para os homens de 6,1%.
    • As mulheres recebem em média menos 15,8% do que os homens, o que corresponde a 58 dias de trabalho remunerado. As mulheres quadros superiores recebem menos 26,2% do que os homens.
    • 7,3% das mulheres e 4,2% dos homens auferem rendimentos inferiores ao limiar dos baixos salários.
    • Os homens representam 78,5% do 1% de trabalhadores por conta de outrem com ganho mais elevado.
 (Fonte: INE; RASI 2018; CITE)


Hoje a Helena, ao entrar no carro perguntou-me:

"Mamã, que dia é amanhã?"
"6ª feira, filha! Quase fim-de-semana!"
"Não é isso. Que dia é amanhã?"
" Dia 8, querida. É isso que queres saber? O dia do mês?"
"Não, mamã. Que dia importante é amanhã? É o dia da Mulher!!!"

E assim fiquei a perceber que a Helena abordou na escola, de alguma forma, o dia Internacional da Mulher. 
Uma vez que não sei qual foi a abordagem feita, vou aproveitar para amanhã ler uma história que lhe comprei uns há uns dias e que julgo ser mais do que apropriada para o dia.

O livro chama-se "O lápis mágico de Malala", da Editora Presença.

Malala Yousafzai tornou-se conhecida com apenas 11 anos ao escrever para a BBC Urdu acerca da vida sob o regime talibã no Paquistão. Deu voz à luta da sua família pelo direito das raparigas à educação no vale de Swat. 

Em 2012 tornou-se um alvo a abater pelos talibãs até ser alvejada com apenas  15 anos, quando ia da escola para casa. 

Foi viver para Inglaterra com a família onde continua a sua campanha pública pela educação feminina.

Em 2013 criuo o Malala Fund através do qual foram abertas várias escolas para raparigas no Médio Oriente.

Em 2014 tornou-se, aos 17 anos, a pessoa mais jovem de sempre a ganhar um Nobel da Paz.

Tem agora 21 anos. 

É Mulher com M grande desde muito pequena.


E é sobre ela que a Helena vai ouvir falar amanhã. Num livro fantástico escrito para crianças, em que se descobre que uma menina sonhou em tempos com um lápis mágico. 
Através de páginas com ilustrações realistas mas adaptadas aos mais novos, conseguimos apercebermo-nos da história de Malala, em linguagem cuidada e infantil. 
E a Helena vai perceber que mais tarde a menina teve um lápis real através do qual escreveu tudo o que quis e sonhou um dia.
 E os seus desejos começaram aí a realizar-se.
Amanhã, a Helena vai conhecer a Malala, símbolo vivo e atual da luta das mulheres pela igualdade num mundo ditado ainda pela desigualdade de géneros.

E eu vou tentar que ela entenda a forte mensagem que o livro transmite de forma tão subtil. 


💝💝💝




Andreia Ferreira

quarta-feira, 6 de março de 2019

Quem disse que o Carnaval são 3 dias??


Lembro-me vagamente de alguns Carnavais da minha infância. 
Tenho ideia de haver festa na escola e de irmos mascarados mas não tenho ideia de vibrar com o dia nem de fazer contagem decrescente para o grande evento.
As fantasias eram mais modestas e a variedade era residual.

Mais tarde, já adulta, festejei o Carnaval várias vezes, tanto na rua como em festas organizadas. 
E sem dúvida nenhuma que aproveitei bem mais a época nestas alturas.

Da mesma forma, as minhas pipocas vibram com tudo o que envolva fantasias.
O Halloween e o Carnaval são festas com que elas deliram desde que se entendem por gente (sim, já faz algum tempinho 😉)

Este ano não foi diferente. 
A Helena fez contagem decrescente para o dia em que iria mascarada para a escola. 
Todos os dias perguntava quantos dias faltavam. 
No dia tão desejado, 6ªfeira, a primeira coisa que disse mal  acordou não foi o habitual "Bom dia" mas sim "HOJE É CARNAVAL!".

E lá foi ela toda contente com o seu fato de joaninha. 
A caçula, que viu a irmã naqueles preparos, também quis ir fantasiada para a sua escola mesmo não sendo o dia  dela. 
E lá foi toda contente mascarada de coelho. Até quis levar uma cenoura verdadeira , tal era o realismo da coisa 👯
Pena que foi a única menina fantasiada naquele dia!😂

No fim-de-semana a Helena ainda usou o fato do Halloween do ano passado. E na 2ªfeira era o dia da festa de Carnaval na escola da Sara, que é a ex-escolinha da Helena. 
Claro está que ela também quis ir e lá foram as duas fantasiadas de joaninhas para a escola da pipoca júnior.




Para terminar, na 2ª feira à noite os papás também tinham festa de Carnaval temática em casa de amigos e toca de aperaltar as princesas com nova toilete para condizerem com o tema 💕




Mas a Sara ficou muito saudosa da sua fatiota de joaninha e na 3ª feira de Carnaval foi ao aniversário de 2 amiguinhos com o seu fato de Joaninha. A Helena optou novamente pela máscara de gato 👸

E se pensam que acabou por aqui estão muito enganados. Ainda que a Helena já tenha colocado um ponto final no Carnaval, a Sara quis vestir o fato de joaninha ontem antes de dormir e hoje, mal chegou a casa, até se ir deitar.

Será que amanhã consigo dar um sumiço no fato vermelho? Juro que já não consigo ver tanta bola junta ! 😂

E por aí por casa, também há fãs desta época de folia? Entusiastas de Minnies, Lady Bugs, Patrulhas Patas e afins? 😍



Andreia Ferreira

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