Já anteriormente afirmei que ser mãe tem o seu quê de loucura...
Ultimamente tenho pensado sobre isso e cheguei à conclusão que, tal como o copo meio vazio e o meio cheio, também no que diz respeito a este assunto há uma perspectiva positiva e até poética!
Ultimamente tenho pensado sobre isso e cheguei à conclusão que, tal como o copo meio vazio e o meio cheio, também no que diz respeito a este assunto há uma perspectiva positiva e até poética!
Pois é... Cheguei à conclusão que a identidade Mãe não é Louca mas sim uma identidade com diversos alter-egos, qual Fernando Pessoa.
Sim, sim, não estou louca, passo já a explicar e talvez me possam dar razão!
Sim, sim, não estou louca, passo já a explicar e talvez me possam dar razão!
Fernando Pessoa assumia heterónimos para escrever as suas obras, cada um com diferentes personalidades. Álvaro de Campos era o seu alter ego, aquele que mais se assemelhava à sua personalidade.
Embora ache que temos uma variante bastante mais rica e diversificada, cheguei a meia dúzia de categorias de Personalidades de uma Mãe...
Fossemos autoras de uma qualquer obra literária poderíamos chamá-las também de heterónimos!
Passo então a descrever uma a uma:
Passo então a descrever uma a uma:
Mãe Paciente
Este alter-ego aparece quando estamos calmas, o dia nos corre bem e não temos nada de urgente que nos possa tirar o foco dos filhotes.
O fim-de-semana é mais propício ao aparecimento da Mãe Paciente.
Esta personalidade permite-nos não entrarmos em parafuso quando o copo de iogurte fica no meio do chão da sala virado ao contrário ou quando as crianças teimam em não nos dizer uma palavra depois de lhes fazermos a mesma pergunta 1000 vezes...
É deveras inconstante e é necessário um grande esforço da nossa parte para que ele não chame um dos outros, que irei ainda descrever.
Mãe Apaixonada
Este alter-ego manifesta-se quando contemplamos as nossas crias e estamos em plena sintonia com elas.
É despoletado por palavras carinhosas, mimos e por momentos relaxantes em que eles estão nuns raros momentos zen em que não nos contrariam em nada.
Insinua-se de forma mais descontrolada quando eles ainda são bebés rechonchudos,fazendo sombra aos demais, excepto à Mãe paciente, que nesta fase anda de mãos dadas com ela...
A Mãe Apaixonada está sempre presente, embora por vezes seja silenciada e até amordaçada por breves instantes, quando um dos outras mais "bravas" teimam em aparecer. No entanto, nunca mas nunca vai embora.
Esta é, provavelmente, o alter ego da maior parte de nós, Mães...
A Mãe Apaixonada está sempre presente, embora por vezes seja silenciada e até amordaçada por breves instantes, quando um dos outras mais "bravas" teimam em aparecer. No entanto, nunca mas nunca vai embora.
Esta é, provavelmente, o alter ego da maior parte de nós, Mães...
Mãe Esgotada
Se a Mãe apaixonada está sempre presente, regra geral a mãe esgotada também... Uma não exclui a outra mas esta diminui um pouco a Mãe paciente e despoleta a Mãe que se segue, em casos extremos.
Mãe "À beira de um ataque de nervos"
Esta Mãe é fortíssima e muito, muito perigosa. Surge quando, na presença da Mãe Esgotada, os pestinhas teimam em não colaborar. Esta Mãe cospe fogo pela boca e até fala com voz grossa, vejam lá bem... Chuta para canto a Mãe paciente com a maior das facilidades e enraivece-se por não conseguir fazer o mesmo com a Mãe Apaixonada que teima em estar sempre, sempre por perto.
No entanto, consegue silenciá-la por um momento (muito breve mas o possível) e pode ter consequências catastróficas.
Crianças a chorar, de castigo e sem televisão antes de dormir são algumas delas.
Mãe Zen
Bem, o que dizer desta mãe?
Na verdade são duas... pode ser Zen por opção ou não.
A mãe Zen por opção é aquela que decidiu desde o início não se importar com nada, relativizar tudo o que os pipocos fazem.
Esta Mãe acha que não vale a pena chatear-se pois eles terão muito tempo para ter regras.
Frequentemente deixa-os comer em frente à televisão a sua gigante e gordurosa fatia de Pizza, bem como a sua coca-cola, não liga às horas que eles se deitam (o importante é aproveitar os bons momentos) e finge não ouvir algumas respostas mais tortas.
Aparece mais frequentemente em casas onde não há horários rígidos para entrar ao trabalho de manhã e também naquelas onde há empregadas a tempo inteiro (ou uma mãe ou uma sogra sempre prestes a dar uma mãozinha).
No entanto há que não confundir esta Mãe Zen com a Mãe Zen que só está Zen porque depois de lidar muitas vezes com a Mãe à Beira de um ataque de nervos , não aguenta mais ...
E toma uns tranquilizantes...
E vai daí que dá lugar à Mãe Zen ...
Que só quer paz e sossego e depois das 22h30 só quer ir à varanda fumar uns cigarros... Mesmo que nunca tenha fumado na vida!!!
E depois disto... Ainda conseguem achar que MÃE HÁ SÓ UMA????
Andreia
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