quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Mentira ou mentirinha?

Não é preciso ser-se pai ou mãe para saber que não se deve mentir e que é uma das coisas em que se deve ser bastante exigente com os filhos.

"Mentir é feio!" , sempre ouvimos dizer... 
E é bem verdade.
Já fiz ver à Helena que nunca se deve mentir, que é uma atitude que nem eu nem o pai toleramos. E penso que já foi interiorizando essa ideia.

No entanto, há mentiras e mentiras. 

As crianças têm necessidade de experimentar e viver o mundo da imaginação e, por vezes, pequenas mentiras acompanham esse imaginário tão próprio de quem está a construir as suas noções da realidade ,de quem está a testar as suas capacidades de convencer alguém, de quem está a afirmar a sua personalidade e auto-estima.

E é importante não refrear essa arte onde eles são reis... 

A arte de inventar coisas que não existem, de imaginar conversas que nunca tiveram lugar e de nos tentar convencer de episódios que só existem na cabeça deles... 

É importante não destruir este processo que faz parte de uma fase crítica do desenvolvimento. 
Por vezes não faz mal deixá-los crer que acreditámos em algo que estamos carecas de saber que foi inventado por eles... Esta é apenas uma das muitas maneiras que eles encontram para comunicar connosco, sentirem-se os guionistas de uma história ou de simplesmente terem a confiança de que são parte ativa de um processo criativo.

Ainda ontem, enquanto jantávamos, a Helena me tentou convencer que aprendia Chinês na escola!

"Eu sei falar Chinês!"

"Ai sim? Não sabia?...Mas como sabes tu falar chinês?"

"Aprendo na escola... Na escola falamos chinês... A Andreia ensina-nos..."

E depois, convencida que estou a "cair" na conversa dela, acrescenta:

"Mas não lhe digas nada... nem perguntes... A Andreia  não quer que vocês saibam... é só na escola e só nós é que podemos saber... por isso não lhe podes dizer nada!"

A safada, além de inventar tudo aquilo, ainda tentou que eu não descobrisse a mentira inocente que ela criou. 😉

Poderia ter desmascarado a pequena logo ali... afinal, é uma mentira... 

Mas por que raio faria isso? 
Ela ficaria triste porque não teve a capacidade de argumentar comigo, porque não teve a capacidade de me convencer de algo.

E consigo perceber que não é uma verdadeira mentira, é uma mentira do mais inocente possível, tão inocente como ela...

E lá "acreditei" eu nas aulas secretas de chinês da escolinha! 


😉



































Andreia







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